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Paralímpico Brasileiro

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Busca por índice, treino e reclassificação: os desafios de veteranas da natação rumo à Tóquio

Foto: Ale Cabral/CPB

A cada dia os Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020 ficam mais próximos. E a corrida para garantir o índice necessário para ser convocado continua. Na natação, ainda há duas oportunidades, ambas sediadas no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo: o Open Loterias Caixa de Atletismo e Natação, de 23 a 28 de março e a 1ª Fase Nacional de Natação do Circuito Loterias Caixa, entre 24 e 26 de abril. Até lá, os atletas se preparam para a oportunidade de mostrar o seu melhor e conquistar o índice. 

É o caso de Susana Schnarndorf (S4). A atleta emagreceu quase 7 kg nos últimos meses com o objetivo de se tornar mais leve na água. "A gente está treinando desde outubro para as duas oportunidades que temos de conquistar o índice com foco total. Eu já tenho o tempo, mas preciso repeti-lo na prova. A gente só pensa nisso, em carimbar logo o passaporte. Mas estou em uma das minhas melhores fases, então tenho certeza que vai dar tudo certo". 

Susana iniciou sua carreira no esporte convencional até que, em 2005, descobriu ter a doença degenerativa MSA (múltipla atrofia dos sistemas), que provoca gradativamente danos em todo o sistema nervoso. Antes de ingressar no Movimento Paralímpico, ela participou 13 vezes do Ironman, prova mais dura do triatlo, além de representar o Brasil nos Jogos Pan-Americanos de 1995, em Mar del Plata.

Classificação
A gaúcha iniciou na natação paralímpica, nos Jogos Paralímpicos de Londres 2012, na classe S8. Sua primeira medalha paralímpica veio nos Jogos Rio 2016, quando sua classe era S5.

A classificação funcional diz respeito ao nível de comprometimento físico-motor do nadador com o objetivo de colocar as disputas em pé de igualdade. Quanto menor a classe, maior o grau de comprometimento físico-motor. Os atletas são reavaliados periodicamente com o intuito de verificar se esse grau sofreu alguma alteração.

Edênia Garcia (S3) já tem índice para os Jogos Paralímpicos de Tóquio. O foco de seus treinos é melhorar o que não saiu com perfeição no Mundial de Londres em 2019, competição da qual a atleta saiu com o ouro nos 50m costas e bronze nos 100m livre. Antes da competição, entretanto, a cearense passará pelo revisão da classificação.

"Eu tenho sentido algumas diferenças na hora que eu estou nadando, no meu dia a dia, de força, principalmente no braço esquerdo. Porém a gente nunca sabe se vai baixar ou não. Eu já passei por isso no ano retrasado, quando subi de classe, fui pra S4, depois desci para S3 de novo. Mas eu penso positivo de que vou permanecer na S3. Isso significa que a deficiência não está progredindo e eu posso trabalhar um pouco mais consciente do que eu vou ver em Tóquio. Estou um pouco apreensiva mas me preparando para que ocorra tudo bem."

Edênia possui uma enfermidade congênita chamada Charcot-MarieTooth, também conhecida como atrofia fibular muscular, que afeta os movimentos dos membros. Com o passar dos anos, a condição físico-motora da atleta fica mais comprometida.

Fabiano Quirino, técnico da Seleção Brasileira de natação, explica que cada atleta tem o seu treinamento, de acordo com suas necessidades. E, apesar de Tóquio ser o foco geral, é preciso dar tempo ao tempo. "Dependendo da deficiência, tem várias coisas que a gente tem que levar em consideração e outros fatores que acontecem no meio do caminho, então não dá para contar antes da hora. Tem que esperar para ver, mesmo." 

Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)

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